terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Dilma Acusa Oposição de Usar Argumentos Falsos Para Criticar Combate à Inflação

SÃO PAULO, 15 Nov (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta sexta-feira as críticas da oposição àpolítica econômica de seu governo, acusando adversários de usarem "argumentos falsos" para afirmar que a inflação está fora de controle, e optou por não comentar as prisões relacionadas ao processo do mensalão.
Em discurso durante o Congresso do PCdoB, partido da base aliada de Dilma, a presidente afirmou que a inflação fechará dentro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5 por cento ao ano com intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais, pelo décimo ano seguido.
"Usam argumentos falsos e esquecem que estamos num processo dos mais controlados de inflação, principalmente quando comparamos com o que aconteceu antes de 2003", disse Dilma, se referindo ao ano em que seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a Presidência.
"Nossa situação fiscal nunca foi mais sólida", garantiu. "Nós pagamos a nossa dívida externa, um fantasma que por décadas assombrou o nosso país."
Dilma afirmou ainda que nos dez anos de governo do PT na Presidência foi iniciada uma política de valorização dosalário mínimo, o que, segundo ela, os adversários agora tentam fazer "virar pó".
"Somos um governo que tem compromisso com estabilidade econômica, mas também um compromisso com a geração de empregos para a nossa população."
A presidente garantiu que o volume de reservas do país garante ao país um "poder de reação" contra choques externos. "Não há contradição entre ampliar os investimentos e garantir o poder de compra da população brasileira. Pelo contrário", defendeu.
No dia em que líderes petistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo envolvimento no escândalo do mensalão tiveram suas prisões decretadas, a presidente optou por não comentar o episódio.
No entanto, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, criticou a decisão do STF, comparou o julgamento à inquisição e manifestou "solidariedade aos petistas" durante seu discurso no evento da legenda.
"O PCdoB não vê motivo para festa e nem julga que Justiça esteja sendo feita. Esse julgamento teve o seu fato desencadeador eminentemente político", afirmou Rabelo, sendo aplaudido de pé por longo tempo.
PROGRAMAS DE GOVERNO
Em seu discurso, Dilma elencou programas de seu governo, entre eles o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec, garantindo que até o fim de 2014 o programa habitacional terá 3,75 mil moradias.
A presidente também defendeu o investimento dos recursos dos royalties do petróleo na educação e exaltou o Bolsa Família, que chamou de "um direito dos cidadãos brasileiros".
Dilma aproveitou o discurso, mais uma vez, para falar do programa Mais Médicos, uma das principais bandeiras de seu governo e que, segundo pesquisas, tem amplo apoio junto à população.
"Nós chegaremos até o final deste ano a ter 6.600 médicos no Brasil", garantiu, dizendo que esse contingente atenderá mais de 20 milhões de brasileiros.

(Reportagem de Eduardo Simões)

Após Poços Secos, Prejuízo da HRT Cresce 417% no 3o Tri

SÃO PAULO, 14 Nov (Reuters) - A petroleira HRT teve prejuízo líquido de 724,2 milhões de reais no terceiro trimestre do ano, contra prejuízo de 140,2 milhões no mesmo período de 2012, registrando o impacto de poços secos na Namíbia e no Solimões.
O prejuízo cresceu 417 por cento na comparação anual.
Entre as despesas operacionais no último trimestre, a companhia teve 133,9 milhões de reais para a baixa de poços secos e 616,2 milhões de reais relativos a "impairment" (ajuste contábil) sobre os bônus de subscrição para esses ativos.
Ao longo do ano, a companhia anunciou que três poços perfurados na Namíbia foram considerados secos ou sem volumes comerciais.
A companhia apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização(Ebitda) negativa em 817,7 milhões de reais no último período, contra Ebitda negativo de 152,1 milhões de reais no mesmo trimestre do ano passado.
O Ebitda para os nove meses do ano de 2013 foi negativo em 1,478 bilhão de reais.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Diante dos resultados, a HRT informou que deu continuidade, no terceiro trimestre, "às iniciativas corporativas com o intuito de ajustar a HRT ao tamanho apropriado ('rightsizing')".
"Continuamos concentrando nossos esforços na adequação da Companhia de forma a torná-la mais enxuta, mais eficiente e menos onerosa", afirmou.
A empresa disse ainda que está "também implementando prudentes planos de trabalho para 2014, tanto para o Solimões, quanto para a Namíbia, sólidas medidas de controle de caixa com ênfase na otimização de custos e preservação do caixa, redução da estrutura de nossa sede de 6 para 2 andares", além da redução do quadro de funcionários de 383 para 232 pessoas.
"Ajustes significativos foram realizados na equipe administrativa, que foi reduzida de 5 para 3 Diretores, e na remuneração de seus membros, que também sofreu redução de 25 por cento. O custo total com a administração foi reduzido efetivamente em 51 por cento", disse a empresa.
A empresa disse ainda que aguarda a aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a transferência do campo de Polvo, "que deverá ocorrer logo".
O acordo sobre Polvo foi fechado em maio. Por uma fatia no campo em produção, a HRT pagou na época 135 milhões de dólares.
"E estamos muito próximos de nos tornarmos uma Companhia em produção e geradora de receitas. A aquisição do Campo de Polvo é um marco na história da HRT, uma vez que essa iniciativa reduz o nosso risco financeiro e aumenta nossa participação em um ativo de produção."
As ações da empresa operavam em alta de 5 por cento às 12h53.

(Por Gustavo Bonato)

General do Egito vê Nova Cooperação Com Rússia em Defesa

CAIRO, 14 Nov (Reuters) - O general de mais alta patente do Egito saudou uma nova era de cooperação com a Rússia na área de defesa, durante a visita de autoridades russas nesta quinta-feira, numa demonstração dos esforços para reviver os laços com um antigo aliado e enviar uma mensagem aos Estados Unidos, que suspenderam a ajuda militar ao país.
A tensão entre Egito e EUA aumentou desde que o Exército depôs em 3 de julho o presidente islâmico Mohamed Mursi. No mês passado, os Estados Unidos anunciaram que iriam suspender a entrega de ajuda militar e econômica ao Cairo, dependendo do progresso do país em termos de democracia.
Tanto a Rússia como o Egito classificaram como histórica a visita dos ministros da Defesa e das Relações Exteriores russos ao Cairo, embora as autoridades não tenham dito nada que indicasse a conclusão de grandes acordos, durante uma entrevista conjunta dos ministros à imprensa.
O general Abdel Fattah al-Sisi, chefe do Exército egípcio e ministro da Defesa, disse a seu colega russo, Sergei Shoigu, que a visita indica a continuação de "relações estratégicas históricas via o começo de uma nova era de cooperação construtiva e frutífera no nível militar", de acordo com a agência de notícias estatal.
Shoigu e Sisi falaram sobre o fortalecimento das relações militares entre os dois países, segundo a agência.
O ministro de Relações Exteriores do Egito, Nabil Fahmy, minimizou a especulação de uma grande virada napolítica externa egípcia, que há mais de três décadas mantém relações estreitas com os EUA, ao dizer que a Rússia não iria ser "substituta" de ninguém.
O Egito e a União Soviética eram fortes aliados até os anos 1970, quando o governo egípcio se aproximou dos Estados Unidos, que mediaram o acordo de paz do país com Israel, em 1979.

(Por Maggie Fick e Hadeel Al Shalchi)

Dois Jornalistas Franceses São Mortos no Norte de Mali

PARIS/BAMAKO, 2 Nov (Reuters) - Dois jornalistas franceses sequestrados por atiradores na cidade de Kidal, no norte do Mali, foram mortos neste sábado, informou o ministro das Relações Exteriores da França.
"Claude Verlon e Ghislaine Dupont, jornalistas do RFI, foram encontrados mortos em Mali", escreveu o ministério em comunicado. "Eles haviam sido raptados por atiradores em Kidal".
A informação já havia sido confirmada à Reuters por um prefeito local, fontes do grupo separatista tuaregue MNLA e dos serviços de segurança do Mali. "Alguns minutos após a busca pelos sequestradores dos dois franceses ter início, fomos informados de que seus corpos foram encontrados cheios de balas no exterior da cidade", disse oprefeito da cidade de Tinzawaten, baseada em Kidal, Paul-Marie Sidibe.
Uma autoridade militar sênior do MNLA também disse que os corpos foram recuperados no exterior de Kidal. Uma fonte de segurança do Mali afirmou que os jornalistas foram mortos a cerca de 12 quilômetros da cidade.

Desabamento de Teto de Teatro Deixa Mais de 80 Feridos em Londres

Desabamento de teto de teatro deixa mais de 80 feridos em Londres
REUTERS
LONDRES, 19 Dez (Reuters) - Serviços de emergência informaram que mais de 80 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira em um teatro lotado em Londres, na Inglaterra, quando parte do teto desabou durante uma encenação, lançando pedaços de alvenaria e escombros sobre a plateia.
O incidente ocorreu por volta das 20h30 no teatro Apollo, onde 720 pessoas, incluindo muitas famílias, assistiam à apresentação da popular peça teatral "The Curious Incident of the Dog in the Night-Time".
"Uma parte do teto do teatro desabou sobre a plateia que estava assistindo à apresentação. O teto levou para baixo partes dos balcões", disse Nick Harding, da Brigada de Incêndio de Londres.
Os serviços de emergência informaram que 81 pessoas foram feridas, muitas na cabeça, sendo que sete foram levadas a um hospital com danos mais graves. A polícia disse que não estava ciente de quaisquer mortes.
"Equipes de especialistas em busca e salvamento urbanos foram chamadas ao local para se certificar de que ninguém estava preso. Felizmente todos aqueles que estavam presos foram resgatados e tratados por ferimentos ou levados para o hospital", disse Harding.
Testemunhas disseram que o teto do auditório de quatro andares simplesmente desabou durante a apresentação, provocando pânico entre as pessoas que estavam no local quando perceberam que aquilo não fazia parte da encenação.
"Nós vimos o teto cedendo e de repente caiu sobre as primeiras filas. Havia poeira por toda a parte e as pessoas estavam gritando", afirmou Steve George, de 29 anos, que estava sentado numa cadeira na parte mais alta do teatro, em declaração à Reuters.
As pessoas foram rapidamente retiradas do teatro, disse ele.
"Eu queria ficar para ajudar as pessoas... mas eu estava mais atrapalhando, por isso saí. Não tenho ideia de quantas pessoas teriam ficado feridas", acrescentou George, que é gerente de cinema e havia ido com a mulher ao teatro.
Veículos de emergência bloquearam a Shaftesbury Avenue, no centro da região dos teatros, em Londres.
"As pessoas corriam para cá com poeira cobrindo-as inteiramente", disse Thomas Asihen, gerente de um restaurante McDonald's localizado na mesma quadra. "Uma mulher me contou ter visto o teto caindo."
Ele disse que as pessoas estavam sendo trazidas para fora por paramédicos envoltas em cobertores de plástico, sendo algumas delas em macas.
Os feridos dentro do Apollo, que foi inaugurado em fevereiro de 1901, foram levados para outro teatro nas imediações e um ônibus estava sendo usado para transportá-los ao hospital.
A polícia informou que ainda não está clara a causa do desabamento, mas não houve nenhuma indicação de que possa ter tido origem em algum ato deliberado de ataque.
"Durante todo o tempo de trabalho como brigadista eu nunca vi um incidente como este", disse Harding.

(Reportagem adicional de William Schomberg)

Brasil Prevê Investir US$4,5 Bi na Compra de 36 Caças da Sueca Saab

Brasil prevê investir US$4,5 bi na compra de 36 caças da sueca Saab
REUTERS
Por Jeferson Ribeiro
BRASÍLIA, 18 Dez (Reuters) - O Brasil decidiu que comprará 36 caças da empresasueca Saab, com investimento previsto de 4,5 bilhões de dólares até 2023 e colocando fim a um processo de concorrência que se arrastava há mais de uma década.
O caça Gripen NG, da Saab, era finalista na disputa com o Rafale, da francesa Dassault, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing.
A disputa foi marcada por muitas idas e vindas, com cada uma das proponentes aparecendo como favorita em diferentes momentos da licitação. O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, disse que a presidente Dilma Rousseff lhe informou sobre sua decisão pela Saab na noite de terça-feira.
As empresas só foram informadas depois que o governo anunciou a decisão, no final da tarde desta quarta-feira, segundo Saito.
"Estou extremamente orgulhoso da confiança que o governo brasileiro colocou no Gripen NG... Estamos preparados para iniciar a colaboração industrial como planejado, com os seus efeitos positivos para a indústria brasileira", disse o CEO da Saab, Hakan Buskhe, em nota.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse em entrevista coletiva que a escolha da fornecedora de caças foi muito cuidadosa e levou em conta performance, transferência efetiva de tecnologia e custos.
"A escolha se baseia no melhor equilíbrio desses três fatores", afirmou o ministro.
Segundo Amorim, o Brasil iniciará agora a fase de negociação do contrato com a Saab, o que deve levar entre 8 meses e 12 meses até a assinatura. O recebimento dos primeiros caças é esperado pela FAB em 48 meses depois disso. A partir daí, a expectativa é de que cerca de 12 caças por ano sejam entregues ao Brasil.
De acordo com o comandante da FAB, a Embraer será a principal beneficiada pelo contrato com a empresa sueca no Brasil para a transferência de tecnologia.
"Quando terminar o desenvolvimento, nós teremos a propriedade intelectual desse avião, isto é, acesso a tudo", afirmou o comandante da Aeronáutica.
Um dos fatores que mais pesou para a decisão pelo Gripen NG, segundo Saito, foi o preço mais barato entre os três concorrentes e também a possibilidade de fabricar a maior parte dos aviões no país.
"Cerca de 80 por cento da estrutura do avião será feita no Brasil", afirmou o comandante.
Amorim disse que os desembolsos para a compra dos caças suecos não terão impacto no Orçamento deste ano nem no de 2014, o que representa uma pressão a menos sobre o caixa do governo. A FAB foi além, ao afirmar que o governo negociará para tentar pagar pelos caças apenas após receber as 36 unidades.
Não está claro, porém, de onde virão os recursos para o pagamento da encomenda, se serão recursos do Orçamento Geral da União (OGU) ou se haverá alguma engenharia financeira específica para isso.
"O primeiro desembolso real nosso, em dinheiro, só no final da entrega", disse Saito, que comemorou a decisão, lembrando que trabalhava nesse projeto desde 1995.
Ele disse ainda que os 4,5 bilhões de dólares correspondem à oferta inicial e que o Brasil ainda "vai pechinchar ao máximo".
Amorim afirmou que, pela proposta apresentada pela Saab, todo código fonte do sistema de armas será repassado ao Brasil e que não há preocupação com o fato de que parte do caça sueco depende de fornecedores norte-americanos, o que gera dúvida se toda a tecnologia poderá ser transferida.
O ministro lembrou, por exemplo, que a turbina do Gripen é produzida nos Estados Unidos, mas disse não acreditar que isso gerará um problema de transferência de tecnologia.
"Nós temos boa relação com os Estados Unidos. Diariamente, nós compramos partes e peças de outros aviões. Não há temor", disse o ministro.
DECISÃO POLÍTICA?
Amorim e Saito negaram que a decisão pelo caça sueco tenha sido motivada por questões políticas, após denúncias de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos havia espionado empresas e cidadãos brasileiros, assim como comunicações pessoais de Dilma.
"A avaliação técnica da Aeronáutica indicava (que o Gripen era) a melhor proposta", declarou Amorim. Saito afirmou que a própria presidente lhe disse que a "escolha foi técnica".
Mas o aparente favoritismo da Boeing em parte do processo ensejou dúvidas se na reta final a empresa norte-americana não havia sido preterida pela denúncia.
"Nas próximas semanas, nós trabalharemos com a Força Aérea Brasileira (FAB) para entender melhor sua decisão", afirmou a Boeing em comunicado.
A Dassault também teve seu momento de favorita na disputa, especialmente no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a sinalizar preferência pelo caça francês.
A empresa francesa lamentou a escolha do governo brasileiro e disse em comunicado que o sueco Gripen é um avião mais leve e de único motor que não coincide com o Rafale em termos de desempenho e que, portanto, não tem o mesmo preço.
O analista do setor aéreo do Teal Group, Richard Aboulafia, disse que o Rafale sempre foi a solução mais cara que apelava para o argumento de transformar o Brasil em uma superpotência tecnológica, mas era mais do que o país precisava.
"O F-18 era perto do que eles queriam, mas isso deu errado por razões fora do âmbito aeroespacial", acrescentou Aboulafia.
"A ironia é que esperávamos que a política desempenhasse um grande papel para favorecer o lado da venda, e não prejudicar. Mas as coisas foram muito mal com essa história da NSA", acrescentou o analista.
O programa FX-2 surgiu em maio de 2008, depois de uma tentativa anterior de selecionar um novo caça para a FAB iniciada em 2001. As aeronaves substituirão a atual frota da Força Aérea, que está obsoleta.

(Reportagem adicional de Brad Haynes, em São Paulo)

Casa Branca Diz Que Snowden Ainda Enfrenta Acusações Criminais Nos EUA

WASHINGTON, 16 Dez (Reuters) - O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, rejeitou nesta segunda-feira a insinuação de que os Estados Unidos poderiam conceder anistia ao ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden se ele entregasse os documentos que ainda estão em seu poder.
"Nossa posição nessa questão não mudou de modo algum", disse Carney em um encontro com a imprensa, respondendo a uma pergunta.
"O senhor Snowden foi acusado de vazar informações secretas e ele enfrenta nos Estados Unidos acusações criminais. Ele deveria retornar aos Estados Unidos o mais depressa possível, onde ele terá seus direitos legais respeitados em nosso sistema."
Documentos vazados por Snowden revelaram detalhes da vigilância indiscriminada da NSA e provocaram revolta com a espionagem da agência.
Snowden obteve asilo temporário na Rússia.
Rick Ledgett, que supervisiona uma força-tarefa da NSA para avaliar os danos dos vazamentos de Snowden, disse no domingo ao programa "60 Minutes", da rede CBS, disse que "valia a pena ter uma conversa sobre" conceder anistia a Snowden se ele entregasse a informação da qual se apoderou.
"Na minha opinião, sim, vale a pena ter uma conversa sobre isso", disse Ledgett. "Eu preciso de garantias de que o resto dos dados estaria seguro e meu nível de exigência para essas garantias seria muito elevado."

(Reportagem de Mark Felsenthal e Steve Holland)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

6ª Vigília - Abala Camaçari, Ingressos a Venda. Número Para Contato: (71)8331-6500. Valor: 20 reais. - Bahia

No dia 28 de Dezembro acontecerá a 6ª Vígilia - Abala Camaçari, com a presença do cantor: Elias Silva, Raquel Santos, Labareda de Fogo, Apostolo Eliezer, Missionário Aldo e Pastor Edvaldo Filho, e vários pastores escolhidos estarão a palavra de Deus para os nossos corações e contando também com a pregação do Pastor Yossef Akiva um cristão judeu que é conferencista internacional. Este grande louvor a Deus acontecerá no Dia 28 de Dezembro às 22 horas no clube social de camaçari. Vocês não podem perder. Ingresso: 20 reais já incluindo o ônibus da caravana que estará saindo daqui de Dias D'Ávila. Maiores informações procurar: Pastor Albérico: (71)8331-6500 ou Irmão Pedro Santos: (71)8275-4125.


domingo, 15 de setembro de 2013

Conselheiros de Dilma Tentam Convencê-la a Cancelar Viagem aos Estados

Por Brian Winter SÃO PAULO, 14 Set (Reuters) - Conselheiros da presidente Dilma Rousseff estão tentando convencê-la a cancelar a visita de Estado à Casa Branca no mês que vem, após revelações de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos a espionou. Entre os que agora a encorajam a cancelar a viagem está o ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse um alto funcionário do governo à Reuters neste sábado, sob condição de anonimato. Lula segue muito influente em decisões importantes do governo. Um ex-ministro no governo Lula, Franklin Martins, que também permanece influente, já lhe pediu para cancelar a viagem, disse a fonte. Segundo a mesma fonte, Dilma ainda não se decidiu e só irá fazê-lo após uma reunião marcada para terça-feira com o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. Figueiredo viajou para Washington nesta semana para ouvir a explicação dos EUA sobre a espionagem, e deverá dar a Dilma um relatório oficial. Divulgações recentes de que os EUA espionaram o Brasil, segundo documentos vazados pelo ex-funcionário da NSA Edward Snowden, complicaram anos de esforços diplomáticos para melhorar as relações entre as duas maiores economias das Américas. A visita de Estado de Dilma, prevista para 23 de outubro, foi o único evento do gênero programados em Washington este ano. A viagem deveria servir como plataforma para negócios em tecnologia de exploração de petróleo e biocombustíveis, bem como para potencial de compra pelo Brasil de caças da Boeing. Mas Dilma ficou enfurecida com as revelações de que a NSA monitoraram a comunicação dela ela com alguns de seus principais assessores, bem como as de cidadãos do país. Uma reportagem na edição online do jornal Folha de S.Paulo neste sábado afirmou que a presidente Dilma deve cancelar a reunião com o presidente americano Barack Obama. No início deste mês, Dilma se reuniu com Obama por quase 45 minutos sobre os bastidores de uma cúpula internacional na Rússia. Depois, Obama prometeu abordar suas preocupações e disse que o governo dos EUA precisa "voltar atrás e rever o que é que nós estamos fazendo" ao reunir informações de inteligência. Após a reunião de Figueiredo nesta semana com o assessor de segurança nacional dos EUA, Susan Rice, Washington divulgou um comunicado dizendo que os relatórios recentes tinham levantado "questões legítimas para nossos amigos e aliados" sobre a inteligência dos EUA. Dilma rejeitou a alegação de Washington de que só reúne dados críticos para a segurança nacional dos EUA.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Farra dos Gastos - CQC

Mais uma vez fico feliz em ver o CQC - Custe o que custar, em denunciar irregularidades dos deputados federais do Brasil aonde esses parlamentares pegam o dinheiro do povo e gastam com carros. E pelo o que eu vi no CQC o Marcelo Taz que é o líder do programa disse que os cálculos feito por ele deram 31 milhões de reais gastos por parlamentares no Congresso Nacional do Brasil, eu volto a dizer isso dai é pouca vergonha sabe o que é isso sabe o que estar acontecendo esses deputados que estão dando esses gastos absurdos antes eram pessoas que não tinham muito dinheiro eram pobres ai agora estão vendo dinheiro a rodo e estão fazendo a limpa sei que não é todos os deputados que fazem isso, mais isso dai é uma pouca vergonha e maioria dos deputados que fazem isso é do lado da Presidente Dilma só pode ser, não tem pra onde correr como diz o ditado "Se correr o bicho e se ficar o bicho come" a verdade tem que ser dita, temos que falar a verdade, temos que mostrar o que realmente vem acontecendo no Congresso Nacional do Brasil lá em Brasília eu não estou lá mais o que anda acontecendo por lá e digo mais temos que acabar com isso, meus parabéns ao programa do CQC que não tem medo de denunciar mesmo esses políticos corruptos que vem enganando o povo fazendo o povo de besta ou melhor dizendo de marionete que mexe pra onde quer mais comigo é diferente eu sei que tem um deputado em Brasília que não estar metido com essas coisas e é honesto que é o deputado federal Pastor Marco Feliciano esse sim eu tenho certeza que não estar metido nessas besteira, que não estar se sujando por causa de dinheiro, aonde nós iremos parar esses políticos roupa suja deveriam sair do Congresso Nacional. Muito Obrigado!!!

Autor: Pedro Santos

Israel Olha para a Síria mas Enxerga o Irã

Israel olha para a Síria mas enxerga o Irã
"Barack Obama e Binyamin Netanyahu | Photo: Getty"
Em Israel, muitos veem a eventualidade de um ataque americano à Síria como um teste sobre a disposição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em responder com firmeza às pretensões do Irã de dar continuidade ao seu programa nuclear.
Analistas e líderes políticos locais são quase unânimes em observar a reação do governo americano às armas químicas na Síria como um sinal sobre o possível comportamento da Casa Branca em relação ao potencial arsenal nuclear do Irã - um assunto que causa grande preocupação em Israel.
Para alguns analistas israelenses, a decisão de Obama de pedir ao Congresso autorização para uma ação militar na Síria seria um sinal de 'fraqueza e hesitação' que põe em dúvida a sua capacidade de cumprir as promessas de impedir a todo custo que o Irã produza bombas nucleares.
Para Gerald Steinberg, cientista político da Universidade de Bar Ilan, o pedido da autorização do Congresso é uma tentativa de Obama de 'se esquivar' da responsabilidade de uma operação militar.
Segundo a legislação dos Estados Unidos, o presidente não necessita de autorização do Congresso para uma ação militar contra outro país, desde que as tropas americanas não permaneçam em combate por mais de 60 dias.
Em artigo publicado no site de notícias Ynet, Steinberg diz que o governo do Irã não tem o que temer: 'A liderança iraniana pode prosseguir com seus esforços para obter armamento nuclear. As advertências feitas por Obama ao Irã...se configuram como meras palavras, sem conteúdo concreto. E, para Israel, qualquer expectativa de uma ação americana com o objetivo de bloquear o Irã, se distancia cada vez mais'.
Em discurso feito em Washington em 2012, o presidente Obama disse que não hesitaria em usar força militar na defesa dos Estados Unidos e de seus interesses. Ele acrescentou que seu governo não iria tolerar que o Irã tivesse potencial nuclear: 'A política de meu governo é impedir que o Irã obtenha armas nucleares'.
Segundo o ex-embaixador de Israel na ONU (Organização das Nações Unidas) Dan Gillerman, com a decisão de pedir a permissão do Congresso, o presidente Obama 'admitiu que os Estados Unidos deixaram de ser uma potência e expressou fraqueza e hesitação'.
'Obama demonstrou que seus aliados não têm em quem confiar e seus inimigos não têm o que temer. Israel não tem em quem confiar, apenas em si mesmo', disse Gillerman em entrevista à radio estatal Kol Israel.
Lobby e ameaças
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, mantém a linha de não interferir abertamente na guerra civil do país vizinho, mas o governo americano pediu a ajuda do grupo lobista pró-Israel Aipac (American-Israel Public Affairs Committee, ou Comitê Americano de Assuntos Públicos de Israel, em tradução livre) para convencer os membros do Congresso dos EUA a aprovarem o ataque contra a Síria.
De acordo com o jornal Jerusalem Post, nesta semana centenas de membros do Aipac deverão se unir aos esforços do governo Obama na tentativa de convencer os congressistas americanos a apoiar a ação militar na Síria, com o argumento de que 'a ausência de ação diante da utilização de armas químicas por Bashar al-Assad irá encorajar o Irã a prosseguir com seu programa nuclear'.
Às vésperas do Ano Novo judaico, comemorado na semana passada, Netanyahu fez um discurso de advertência aos 'inimigos' de Israel.
'Quero dizer a quem quiser nos atacar que não vale a pena', afirmou o premiê.
Suas palavras foram interpretadas como uma ameaça à Síria e ao grupo militante xiita libanês Hezbollah, mas sobretudo ao Irã.

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Damasco Vive Ciclo de Tensão à Espera de Decisão dos EUA

Damasco vive ciclo de tensão à espera de decisão dos EUA
"Moradores de Damasco (crédito: BBC)"
Um homem espremendo romãs está em uma sombra próxima à mesquita Umayyad, no coração da cidade velha de Damasco.
Ele me dá um copo do suco rosa e espumoso, resfriado por flocos de um grande bloco de gelo, sorri e se recusa a aceitar qualquer dinheiro.
Um muezim com um tom vívido e marcante convoca os fiéis à reza, e seu canto se mistura aos tiros de artilharia que ecoam em volta dos muros da cidade, controlada pelo regime.
Homens e mulheres, até crianças, estão tão acostumados com o som dos bombardeios que eles pararam de encolher com o barulho há muito tempo.
Neste fim de semana, crianças, observadas pelos pais, se esbaldaram na piscina do hotel usado por funcionários da ONU e correspondentes estrangeiros.
Nenhuma das famílias sequer olhou para cima cada vez que os bombardeios do governo, não muito longe dali, ressonavam como uma bateria danificada.
A ampla maioria dos disparos parte de posições do regime.
Os rebeldes, muito melhor armados agora, atiram alguns morteiros de volta, que podem ser fatais, mas têm um alcance menor que a artilharia do Exército sírio.
É muito diferente nos subúrbios, controlados pelos rebeldes, que são o alvo dos bombardeios. Entre eles estão os lugares atingidos pelo ataque de armas químicas.
Em visitas anteriores a Damasco, eu fui a alguns deles, tão destruídos agora pela guerra que quase nenhum prédio está intacto, e algumas ruas estão intransitáveis por causa dos escombros.
Ninguém vai para a piscina lá. A maioria dos civis fugiu, tornando-se parte dos 4 milhões de deslocados dentro da Síria, ou dos 2 milhões que deixaram o país como refugiados.
Fora da mesquita Umayyad, um jovem chamado Walid, com seu cabelo puxado para trás com um gel de aparência molhada, para para rezar. Como muitas pessoas em Damasco, no fim da semana, ele acompanhou a conferência do G-20 em São Petersburgo pela televisão.
'Sim, eu sei que o presidente americano quer nos bombardear, mas nós somos muito fortes, porque somos apoiados pelos chineses e pelos russos. E estamos unidos em prol do presidente Assad.'
Um clérigo muçulmano em visita do Líbano, o xeque Abdul Salim al-Harash, diz estar feliz que os americanos não façam mais tudo a seu modo.
'Nestes dias, outros países como Rússia, África do Sul e Índia podem tomar decisões, e eles são contra a ação militar.'
Mercado negro
O fato, porém, é que a Síria ainda está esperando os resultados de decisões tomadas em outros locais, principalmente em Washington.
Uma semana atrás, quando parecia que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estava prestes a ordenar um ataque, as áreas de Damasco controladas pelo governo estavam tensas e infelizes.
Eu vi o que isso significava em uma padaria. Os sírios amam suas pilhas de pão quente e cheiroso, e graças a subsídios do governo cada unidade custa menos de R$ 0,40 em padarias estatais.
Filas desordenadas se projetavam fora da padaria e rua abaixo. Homens jovens e meninos escalavam seus portões com barras de aço para ultrapassar mulheres e homens mais velhos que tentavam se aproximar da janela dos pães.
Uma mulher de meia idade, com um véu e vestindo um traje preto, exibia em seu rosto lágrimas de raiva e frustração depois de ter sido expulsa da fila do pão. Ela apontou até homens que saíam com grandes pilhas. A mulher, que não quis dizer seu nome, disse que há comerciantes que revendem ilegalmente o pão por um preço duas ou três vezes maior.
Os ânimos melhoraram quando o presidente Obama determinou que o Congresso americano votasse a ação militar. Agora, porém, o nervosismo retorna enquanto a votação se aproxima.
Mais uma vez, os moradores de Damasco se perguntam se uma nuvem tóxica pode envenená-los caso um míssil americano atinja um depósito de armas químicas, ou se os rebeldes armados nos subúrbios usariam um ataque americano para tentar se aproximar mais dos centros de poder do regime.
Um sírio bem conectado ao regime me perguntou como era estar em uma cidade bombardeada por mísseis americanos.
Eu contei o que vi em Bagdá, no Iraque, e Trípoli, na Líbia: que os mísseis eram precisos e poderosos, e as explosões seriam mais barulhentas que os piores trovões que ele já ouviu.
O importante, eu disse, é ficar longe de prováveis alvos, lugares como bases militares e prédios chave do governo.
Guerra por procuração
Seja qual for o resultado da votação no Congresso americano, a guerra na Síria está entrando em uma nova fase.
Jihadistas, aliados ou afilhados à Al-Qaeda estão cada vez mais proeminentes entre os rebeldes armados. Mas mais do que nunca, a Síria se tornou uma guerra por procuração, um ringue de boxe sem regras no qual potências regionais usam os sírios para travar suas batalhas.
A mais significante é entre a Arábia Saudita e o Irã, que competem por influência do Líbano ao Golfo. Os sauditas apoiam a insurreição, o Irã é o parceiro estratégico mais próximo de Assad.
Mas, para acrescentar outra camada de problema, o presidente dos Estados Unidos quer organizar um ataque contra o regime. Obama não disse se insistirá com o ataque, usando sua prerrogativa presidencial, se perder a votação.
Mesmo que ele aceite um veto do Congresso, isso não significa um fim do envolvimento americano. Ele ainda trabalhará para punir o regime pelo que considera um crime imperdoável, que os homens de Assad dizem ter sido perpetrado pelos rebeldes.
Damasco é uma cidade antiga que viu gerações de guerras. Mark Twain escreveu que em Damasco anos eram apenas momentos. O tempo, ele disse, era medido pelos impérios que a cidade viu surgir e cair.
O presidente Bashar Al-Assad deve estar torcendo para que esta crise seja um marco do declínio dos Estados Unidos no Oriente Médio. O presidente Obama crê que agir é necessário, ou outros ousarão desafiar a nação mais poderosa do mundo.
Cada casa e conjunto de apartamentos em Damasco abriga antenas parabólicas. A televisão oficial síria faz homenagens nacionalistas à bravura das forças armadas.
Mas muitas das TVs em Damasco nos próximos dias estarão sintonizadas no noticiário internacional, quando sírios acompanharão o debate em Washington e tentarão descobrir exatamente o que o homem na Casa Branca poderá enviar.

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Senado dos EUA Adia Votação Sobre Autorização para Ataque na Síria

Senado dos EUA adia votação sobre autorização para ataque na Síria
Senado dos EUA adia votação sobre autorização para ataque na Síria
Washington, 9 set (EFE).- O líder da maioria democrata do Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, anunciou nesta segunda-feira sua decisão de atrasar a votação, prevista para quarta-feira, sobre o pedido presidencial de autorização para um ataque na Síria pelo suposto uso de armas químicas.
O Senado americano, que retomou suas atividades hoje, tinha previsto submeter à votação na próxima quarta-feira uma resolução aprovada previamente por seu Comitê de Relações Exteriores que autorizava uma intervenção limitada na Síria por um período de 90 dias e sem a presença de tropas dos EUA no terreno.
A decisão de Reid, que não informou uma nova data para a votação, é anunciada horas depois da divulgação de uma proposta da Rússia para que o arsenal de armas químicas da Síria seja entregue por Damasco e fique sob controle internacional.
Uma fonte do escritório de Reid confirmou à Agência Efe que o líder da maioria democrata deve esperar o discurso à nação que oferecerá amanhã o presidente Barack Obama.
Reid, senador por Nevada, afirmou que não se trata 'de ver o quão rápido podemos fazer isto; devemos ver como fazer isto bem'.
Nesta mesma tarde, em entrevista à rede de televisão 'ABC', Obama destacou que um ataque militar contra a Síria seria suspenso se o presidente sírio Bashar al Assad aceitasse pôr seu arsenal de armas químicas sob controle da comunidade internacional.
Funcionários da Administração e o próprio Obama tinham elevado este fim de semana a pressão sobre os congressistas com vários contatos, reuniões e discursos, para conseguir o apoio à ação militar na Síria.

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

Senado Discute Cassação de Berlusconi, que Mantém Ameaça ao Governo

Por Roberto Landucci

ROMA, 9 Set (Reuters) - Um aliado de Silvio Berlusconi alertou nesta segunda-feira que seu partido pode abandonar a coalizão de governo se uma comissão do Senado se recusar a adiar uma decisão sobre a cassação do ex-primeiro-ministro.
Berlusconi, de 76 anos, homem mais rico do país, está ameaçado de perder o mandato parlamentar depois de ter sido condenado num processo de fraude fiscal. Mas uma eventual retaliação do partido Povo da Liberdade poderia levar à queda da coalizão liderada pelo social-democrata Enrico Letta.
O primeiro dia de deliberações da comissão foi marcado por manobras do PDL para tentar adiar a decisão até depois da tramitação do recurso de Berlusconi junto à Corte Europeia de Direitos Humanos, o que pode levar vários meses.
Membros do Partido Democrata (centro-esquerda) e do movimento alternativo 5 Estrelas, que não participa do governo, rejeitaram a manobra, e provavelmente manterão a tramitação do processo de cassação.
Renato Schifani, líder da bancada do PDL, disse que a atitude foi "inaceitável" e ameaçou precipitar uma crise já na próxima reunião da comissão, marcada para a noite de terça-feira.
"Os sinais que emanam da comissão apontam para um muro de tijolos", disse Schifani a uma TV. "Se for isso que acontecer, não acho que possamos falar em haver uma maioria apoiando o governo."
Juntos, o PD e o 5 Estrelas têm 14 dos 23 membros da comissão. A cassação de Berlusconi dependeria de uma votação no plenário do Senado. A eventual retirada do apoio do PDL a Letta poderia levar à convocação de novas eleições.
Berlusconi, condenado a quatro anos de prisão pela acusação de ter comandado uma fraude na compra de direitos televisivos para a sua empresa Mediaset, se diz vítima de uma perseguição política de magistrados esquerdistas. O PDL também acusa o PD de usar manobras jurídicas para eliminar um rival que não pôde ser aniquilado nas urnas.
Os mercados financeiros veem a crise política com crescente preocupação, e os juros pagos nos títulos públicos italianos voltaram a subir, à espera de um leilão de bônus com vencimento em médio prazo, na quinta-feira.

(Reportagem adicional de Catherine Hornby)

Bolsa de Tóquio: Nikkei Abre em Alta de 0,80%

Tóquio, 10 set (EFE).- O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio abriu nesta terça-feira (data local) em alta de 113,49 pontos (0,80%), aos 14.318,72.
O segundo indicador, o Topix, que reúne os valores da primeira seção, subiu 9,66 pontos (0,82%), para 1.182,66. EFE

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

Obama diz que Proposta da Rússia Sobre Síria é "Potencialmente Significativa"

Por Mark Felsenthal e Steve Holland

WASHINGTON, 9 Set (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, buscando aumentar o apoio a uma intervenção militar na Síria, disse nesta segunda-feira que a oferta da Rússia de trabalhar com Damasco para colocar o arsenal químico sírio sob controle internacional poderia ser um grande negócio se for algo sério.
"Isso poderia ser um avanço potencialmente significativo", disse Obama em entrevista à NBC News. "Mas temos que ser céticos porque isso não é assim que temos visto eles operarem nos últimos dois anos."
O presidente afirmou ter discutido a possibilidade de uma proposta para a Síria ceder o controle de seus estoques de armas químicas para a comunidade internacional com o presidente russo, Vladimir Putin, durante cúpula do G20 na semana passada em São Petersburgo.
Se a Síria o fizer, poderia "absolutamente" colocar qualquer ataque militar dos Estados Unidos em espera, disse Obama à ABC News.
Obama concedeu seis entrevistas nesta segunda-feira a emissoras de televisão para defender que o Congresso lhe dê autorização para tomar ações contra a Síria em resposta a um suposto ataque químico no dia 21 de agosto que matou mais de 1.400 pessoas.
Com a sociedade norte-americana manifestando forte contrariedade a uma intervenção militar, de acordo com pesquisas, a Casa Branca lidera um esforço para ganhar o apoio do Congresso, realizando várias reuniões com parlamentares e despachando autoridades para dar entrevistas e fazer discursos.
O presidente pretende falar à nação pela TV na noite de terça-feira e deve conversar com senadores de ambos os partidos no Congresso durante o dia.
Obama disse à CNN que qualquer esforço diplomático deve ser sério e não apenas uma tentativa de ganhar tempo.
"E nós não queremos apenas uma tática que trave ou adie a pressão que temos ... agora", disse ele. "Temos que manter essa pressão, é por isso que eu ainda vou falar à nação amanhã (terça-feira) sobre por que eu acho que isso é tão importante", acrescentou.
A proposta da Rússia poderia tornar mais fácil a tentativa de Obama de ganhar uma autorização no Congresso, disseram dois senadores influentes, John McCain e Lindsey Graham.
O líder da maioria no Senado, Harry Reid, voltou atrás abruptamente dos planos de agendar uma votação-teste na quarta-feira sobre uma resolução para autorizar ataques militares contra a Síria.
Assessores disseram que a situação estava caminhando, particularmente com a Rússia agora tentando ajudar a encontrar uma maneira de evitar uma ação militar dos EUA, mas que uma votação provavelmente aconteceria mais no fim da semana.
Obama advertiu que um avanço no controle de armas químicas da Síria não iria resolver a guerra civil do país, mas resolver as preocupações em relação às armas sem ter que recorrer à força seria bem-vindo.
"Se conseguirmos alcançar este objetivo limitado, sem tomar uma ação militar, essa seria a minha preferência", disse à CNN.
Obama afirmou que não decidiu se vai avançar com uma intervenção militar se o Congresso rejeitar a sua proposta.
"É justo dizer que eu ainda não decidi", disse à NBC.
Ainda assim, Obama enfrenta uma luta árdua para conseguir a aprovação dos parlamentares e reconheceu que tem dúvidas sobre a forma como a votação vai acontecer.
"Você sabe, eu não diria que estou confiante", disse ele em entrevista à NBC.

(Reportagem de Roberta Rampton, Mark Felsenthal e Steve Holland)

Líderes Fecham Acordo para Aprovar Hoje MP de Benefícios para Produtores de Etanol

Iolando Lourenço

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os líderes partidários fecharam, a pouco, acordo para votar, sem obstrução, a Medida Provisória (MP) 615, que trata de benefícios para produtores de cana-de-açúcar e etanol. 'Vamos votar a MP, retirando alguns dispositivos incluídos na MP e o texto vai ficar mais enxuto', disse o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que coordenou a reunião com as lideranças partidárias.
De acordo com o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), serão retirados diversos 'penduricalhos' incluídos na MP pela comissão mista. 'Vamos votar a MP sem obstrução. Foi firmado compromisso de votar sete destaques supressivos para a retirada dos penduricalhos [dispositivos incluídos na MP que não tratam do texto original da proposta]', disse Guimarães.
O líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), disse que o acordo para a votação da MP é no sentido de limpar a proposta, excluindo temas sobre os quais não houve acordo entre os líderes partidários. 'O acordo limpa o conjunto de temas que estavam incluídos no relatório e, portanto, torna a MP mais clara e mais justa', disse o líder.
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

Agência Brasil - Todos os direitos reservados.

HRT diz que Poço Moosehead-1, na Namíbia, foi Considerado Seco

RIO DE JANEIRO, 9 Set (Reuters) - A HRT Participações informou nesta segunda-feira que que o poço Moosehead-1, no offshore da Namíbia, na África, foi considerado seco.
O objetivo do poço era testar o Prospecto Moosedhead, localizado na Petroleum Exploration License 24 (PEL-24), na Bacia de Orange, no país africano, disse a companhia em fato relevante.
O Moosehead-1 também pretendia testar o potencial para óleo de reservatórios considerados equivalentes aos reservatórios do pré-sal do Brasil e de Angola, adicionou a HRT.
Apesar da natureza do reservatório ter apresentando similaridades com o pré-sal como se esperava, uma porosidade menos desenvolvida fez com o que o poço fosse considerado seco.
O poço está localizado em lâmina d'água de 1.716 metros e foi perfurado a uma profundidade total de 4.170 metros durante 47 dias, pela sonda semissubmersível Transocean Marianas.
"Com isso, a HRT completa sua campanha exploratória na Namíbia e a Transocean Marianas está disponível para sublocação", informou a companhia.
A HRT é a operadora de 10 blocos offshore na Namíbia, incluídos em quatro Licenças de Exploração de Petróleo. A GALP Energia, com 14 por cento de participação, é a parceira da HRT na perfuração dos três primeiros poços da atual campanha de exploração.
"O momento agora é para a realização de análises completas dos resultados obtidos nos nossos três poços e ativos na Namíbia para que novos planos sejam traçados para 2014 e 2015", disse o presidente da HRT, Milton Franke, no fato relevante.
Ele disse ainda que o poço Moosehead conclui a primeira campanha de perfuração da HRT na Namíbia "com informações geológicas muito importantes, mesmo sem ocorrência de zonas de interesse nesse poço".
De acordo com a HRT, maiores análises da amostragem do poço contribuirão com a continuidade da exploração em seus blocos na Namíbia.
A companhia anunciou o início da perfuração do poço em 6 de agosto. Em julho, a empresa informou que o Murombe-1, também na Namíbia, foi considerado seco, dois meses depois de ter informado que o óleo encontrado em Wingat-1, na mesma bacia, não tinha volume comercial.

(Por Juliana Schincariol)